segunda-feira, 23 de março de 2009

Beirando A Noite Feroz

Cai a noite na cidade
É onde está o perigo,
A ferocidade
Dos seres noturnos!
Seres intimamente soturnos
Expelindo seu cólera.
Dominam ruas, becos, vielas...
Assolam território alheio
Para que tanta animosidade?
Roubam do seio
De mães suas crianças chorosas , famintas...
A noite se mostra madastra
Com seus aficcionados.
Estamos beirando a noite feroz,
Nestes dias apocalípticos.
Viajando dentro da noite veloz,
Estaremos a sós,
Sem chance,
À deriva de um desfecho atroz!

Caminhos da Floresta Sem Nome

Desacordado na floresta
Doce, em sua atmosfera
Densa e sutíl , desperto e ouço
Um berro estridente e desesperado.
Exprimindo toda revolta e medo
Pelos magníficos pensantes seres.
Sua fragilidade espelha sua revolta e medo.
Na floresta plácida a besta
Desfila sem graça ,
Escuta ao longe um som
Que bem no fundo lhe chama.
A noite cai
E leva sua luz , mais perto da cidade ela vai
chegando.
Sem esperança continua vagando!
Dança , dança...
Não sabe que faces encontrará
Um anjo de negras asas lhe acompanha,
Carrega-a até o fim da floresta sem nome
Em busca de sua espada de luz!!!!