domingo, 26 de outubro de 2014

O jogo

Eu jogo com a vida sempre!
Nem perco, nem ganho.
Jogo sempre!
É estranho?
Sem perspectiva da vitória, sigo sem medo.
Com a derrota a espreita me excito
E entendo, 
Que a leveza está nisso, eu sinto.
Sou pessimista, egoísta?
Sou otimista, vigarista?
Não, penso em estar me reservando
Para a partida final, poetando.

Carvalho

Dos instantes que servimos,
Aos dias de sussurros,
Sempre perdemos algo
Dito sacro, dito maldito.
Nem sempre o que vimos
Foram sons de urros
Imagens de sobressaltos.
Foi, no fim, gotas de orvalho
Na suada manhã outonal,
Foi algo importante, afinal,
O desespero de respostas inócuas
Que mesmo em si
Movem meu ser rascível como um carvalho.

Quimera perdida

Jamais imaginei amar tamanho
Hoje amo. Sonho, canto, andando.
Falo o que acho de ti. Gritando
Erroneamente tenho certeza e ganho.
Vidas perdidas valeram o sonho,
Esta vivida, a realidade.
E não basta as vezes que exponho
As aspirações, parecem infantilidade.
A ironia se faz quando choro
Tentando fazer-te acreditar
No sublime amor e oro,
Sabendo que em vida
Jamais viveu. Sonho ou maldição.
Uma quimera perdida.

Pôr do Sol

Ela tinha abreviado
A vida, mesmo sendo
Feliz não tinha certeza
De um Pôr do Sol
Brilhante.
Abreviando a vida
Não sabia se 
Com o Sol aqueceria
As suas memórias...
Teria certeza nas
Dúvidas, tinha fé.
Esses dias foram
Reais? Teria fé?